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Tratamento de gestantes evita transmissão de sífilis em 71% dos bebês
Dado foi divulgado pelo Ministério da Saúde
Tratamento de gestantes evita transmissão de sífilis em 71% dos bebês
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 15 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
Em 2023, houve uma redução de 1.511 casos da doença em bebês (Foto: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL)

Na abertura do “Seminário Integrado da Sífilis – Unindo Forças para a Eliminação”, na últma segunda-feira (14), em Brasília, o Ministério da Saúde divulgou dados do Boletim Epidemiológico de 2024 da sífilis. De acordo com os números, em 2023, houve uma redução de 1.511 casos da doença em bebês menores de um ano, em todo o país, se comparado ao ano anterior.

Este número significa que 71% dos casos de sífilis congênita foram evitados, devido ao diagnóstico precoce em gestantes. Em 2021 e 2022, os registros foram de 64% e 69%, respectivamente.

As estatísticas apresentadas foram baseadas nas notificações até o dia 30 de junho deste ano. A evolução positiva no cenário nacional rumo à eliminação da sífilis congênita até 2030 reflete os esforços intensificados para aprimorar o manejo da infecção em gestantes e suas parcerias sexuais. Quando diagnosticada durante o pré-natal e tratada de maneira adequada, a chance de transmissão da sífilis para o bebê é reduzida a níveis compatíveis com eliminação.

Brasil pretende erradicar a sífilis até 2030 (Foto: AGÊNCIA BRASIL)

“O desenvolvimento de ações tripartite e integradas com todos os atores envolvidos na prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis, considerando também os determinantes sociais, é fundamental para avançarmos em conjunto. Cada um de nós pode fazer a diferença”, declarou Pâmela Gaspar, coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA).

De acordo com o último Boletim Epidemiológico de Sífilis, em 2023 foram notificados no país 242.826 casos de sífilis adquirida, 86.111 casos de sífilis em gestantes, 25.002 casos de sífilis congênita, além de 196 óbitos por sífilis congênita.

O diagnóstico da doença é realizado por teste rápido e exames laboratoriais. O Ministério da Saúde adquire e distribui para os estados e municípios testes rápidos de sífilis (detectam anticorpos treponêmicos) e testes rápidos do tipo DUO, que investigam infecção por HIV e sífilis simultaneamente. Os testes DUO começaram a ser distribuídos em maio deste ano.

Em 2023, mais de 14 milhões de testes rápidos foram distribuídos pela pasta em todo o país. Neste ano, até agosto, foram distribuídos 5.689.240 testes rápidos e 1.955.100 de DUO HIV/Sífilis, totalizando 7.644.340 testes.

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