Assinante
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) começou os testes clínicos da primeira vacina específica para hanseníase, chamada LepVax.
A autorização foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o estudo será conduzido com 54 voluntários. O Brasil, que é o segundo país com maior número de casos no mundo, espera que, se os resultados forem positivos, a vacina integre o calendário nacional. Desenvolvida pelo instituto americano AAHI, a LepVax tem potencial tanto preventivo quanto terapêutico.
Com o apoio de entidades internacionais, como a American Leprosy Missions e o Ministério da Saúde, o estudo busca confirmar a segurança e a imunogenicidade da vacina em um país endêmico.
A hanseníase, que afeta principalmente a pele e os nervos, é uma doença negligenciada que, apesar de ter cura, ainda enfrenta altos índices de atraso no diagnóstico, o que agrava suas consequências para os pacientes.
O sucesso dessa vacina pode ser um passo crucial para o controle global da hanseníase até 2030, meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).