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Pesquisa mostra que a obesidade atinge 24% dos brasileiros
Enfermidade também está associada a doenças crônicas, como diabetes e hipertensão
Pesquisa mostra que a obesidade atinge 24% dos brasileiros
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 15 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
No Rio, cerca de 25,3% dos homens e 27% das mulheres estão obesos (Foto: GINECOMASTIA.ORG)

A obesidade acomete pessoas de todas as idades e está associada a diversos problemas graves de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, além de estigmas e estereótipos preconceituosos relacionados ao excesso de peso, que podem desencadear problemas psicológicos, depressão, baixa autoestima e angústia.

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), realiza uma pesquisa por telefone com adultos em cada uma das capitais brasileiras chamada Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). A Vigitel mostrou que a obesidade segue em crescimento desde 2006, quando correspondia a 11,8% dos entrevistados. 

Em 2023, ela chegou a 24,3% do público. No mesmo período, na capital do Rio de Janeiro, cerca de 25,3% dos homens e 27% das mulheres estão obesos.

De acordo com o Institute for Health Metrics and Evaluation de 2020, estima-se que, em 2019, o sobrepeso e a obesidade foram responsáveis por aproximadamente 8,8% do total de mortes no mundo, e 12,6% no Brasil, caracterizando-se como uma das principais causas de óbitos.

Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade pode impactar diretamente a qualidade e a expectativa de vida das pessoas afetadas. Para a diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (Daent) do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso, o monitoramento constante de indicadores sobre o estado nutricional e o consumo alimentar são fundamentais para se conhecer a saúde da população.

A obesidade está mais relacionada à qualidade do que se come do que à quantidade ingerida (Foto: Divulgação)

No SUS, a Atenção Primária à Saúde (APS) é o contato mais próximo da população com a saúde pública. A oferta de acompanhamento multidisciplinar, com a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) e equipe multiprofissional (e-Multi), e ações que visam informar a população sobre como buscar uma alimentação mais adequada e saudável, auxiliam no cuidado ao sobrepeso e na prevenção da obesidade, que está associada não só ao consumo excessivo de alimentos mas a má qualidade do hábito também. 

Para casos de maior complexidade, a exemplo da necessidade de intervenções cirúrgicas, a APS compartilha o cuidado com outros pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

O Ministério da Saúde ainda dispõe de diversos recursos voltados à qualificação dos profissionais de saúde com o intuito de garantir um atendimento integral à pessoa com sobrepeso e obesidade em todas as fases do cuidado. Isto inclui acolhimento, diagnóstico e assistência às pessoas com sobrepeso ou obesidade, que podem ser trabalhados nos estados, municípios e Distrito Federal, como os instrutivos de Abordagem Individual e de Abordagem Coletiva para manejo da obesidade no SUS.

A prevenção da obesidade é a melhor estratégia para garantir a saúde e o bem-estar da população desde a infância. Sabe-se que o padrão alimentar relacionado às doenças crônicas não transmissíveis é caracterizado, especialmente, pelo baixo consumo de alimentos in natura e minimamente processados em paralelo ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados. A obesidade está mais relacionada à qualidade do que se come do que à quantidade ingerida. Além disso, outros fatores, como a falta ou insuficiência de atividade física, também desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença.

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