O prefeito que se dispuser a sair do gabinete para uma ronda na sua cidade vai sentir as dificuldades dos cidadãos em assegurar que vivem numa cidade organizada e voltada para o bem estar das pessoas.

Coisas elementares como as condições das calçadas ou a estreiteza destas para a movimentação de pessoas transportando carrinhos de compras ou de bebês ou para o desenvolvimento das cadeiras de rodas, serão logo observadas e atestam a falta de atenção das autoridades subalternas.

A preconizada valorização do transporte coletivo para reduzir a anormalidade da grande quantidade de carros em circulação, pode ser considerada uma utopia. Além disso, não existem espaços próprios para   caminhões de cargas, que obstruem até a passagem de ônibus. Não há estímulo ao estacionamento em garagens ou adequadamente em subsolos. A cobrança, pelo Estacionamento Rotativo, não contribui para investimentos em áreas adequadas

Há muito comércio ocupando espaços de calçadas e até avançando sobre pisos das ruas, sem contrapartida.

Não há adequada poda de árvores (em fios de alta tensão ou descendo para o asfalto) e existem enormidades de postes em precária situação e abundância de fiação sem utilização.

O sistema de transportes coletivos não atende a um planejamento a serviço dos passageiros e existe até mesmo distanciamentos entre paradas de ônibus, quase todas sem cobertura contra as chuvas e o sol.

Faltam banheiros públicos para humanos enquanto os animais de quatro patas defecam ou urinam nas calçadas.

Há muito mais o que se observar, sentir e a exigir medidas imediatas.