Com os candidatos das duas cidades apresentados com a máquina administrativa atual, Eduardo Paes e Rodrigo Neves, a eleição parece que ficou definida antecipadamente. Por outro lado, em São Paulo, se a deputada Tábata Amaral não  apoiar um dos três disputantes no chamado voto útil, certamente, poderá ocorrer uma grande surpresa na disputa para a prefeitura, pois, Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal estão colados nas pesquisas. 

         Com uma Lei Eleitoral vigente em que as candidaturas não concorrem no mesmo patamar, com o poderio financeiro de uns aliados, congregados à máquina e aos Partidos detentores de elevado fundo eleitoral, fica alguns concorrentes totalmente sem qualquer perspectiva de êxito. Não dá  para chegar em lugar nenhum sem esses requisitos e, assim, tanto em Niterói como no Rio, e em qualquer município, a situação é a mesma. São raros os fenômenos eleitorais existentes fora desta normalidade. 

        Esse exemplo de São Paulo é marcante no momento em que surgiu essa novidade chamada Pablo Marçal. Caso a deputada Tábata não desista e apoie um dos outros dois que estão bem nas pesquisas, certamente, o pleito será disputado entre Bolsonaristas. Diferentemente de Rio e Niterói, em que os candidatos detentores das máquinas administrativas não são ameaçados pelos concorrentes de partidos pequenos, sem estrutura financeira e política. Nem os Bolsonaristas ameaçam, até porque não trouxeram nenhum atrativo convincente. 

          No jogo eleitoral tudo faz parte da disputa. São esquerdistas, direitistas, oportunistas e, até, ladrões do erário já conhecidos se apresentam e, em alguns casos, saem vitoriosos. Aliás, no país das injustiças e dos preconceitos o jogo é proibido terminantemente. Como tudo tem exceção , agora, no futebol - Campeonato Brasileiro - as apostas estão liberadas e com os árbitros do campo e do VAR como os "Chefões da Jogatina". Eles é que decidem "tudo", não os atletas disputantes. 

        Tudo acabará no próximo dia 6 (domingo). Uns ganhando no primeiro turno e outros permanecendo ainda na disputa que acontecerá até o final do mês. Uma coisa está dando para se antecipar, o PSOL de Marcelo Freixo  sucumbiu. A falta de manutenção na coerência do ex-deputado, que trocou de partido, deixou os psolistas sem credibilidade para angariar votos. 

        Então, o prenúncio é que a esquerda deve sair deste pleito derrotada em todos os sentidos, pois, esquerda de verdade só existiu nos tempos de Oscar Niemayer, Graciliano Ramos, Teotônio Vilela e Astrojildo Pereira. Ainda bem que nem a sigla foi mantida. Os oportunistas de plantão, vez por outra, trocam o nome original por alguns que nada tem a ver com o Partidão.