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As condições de balneabilidade das praias de Niterói apresentaram mudanças ao longo de 2024, conforme os boletins do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Enquanto as praias localizadas na Baía de Guanabara alternaram entre períodos adequados e impróprios para banho, as praias da Região Oceânica permaneceram com boa qualidade da água durante a maior parte do ano.
Na Baía de Guanabara, as praias de Icaraí, Gragoatá, Boa Viagem e Flechas mostraram melhorias ao longo do ano, principalmente devido à eliminação de fontes de esgoto direto nessas áreas e ações como o desvio do Rio Carioca para o emissário submarino em Ipanema, o que evitou o lançamento de cerca de 250 litros de água contaminada por segundo na baía.
No entanto, a água das praias de Gragoatá, Boa Viagem e Icaraí apresentou oscilações significativas.
Em Gragoatá, a balneabilidade foi considerada imprópria durante os primeiros meses de 2024, especialmente entre janeiro e abril.
A partir de maio, houve uma recuperação, com registros adequados até julho, mas a qualidade da água voltou a ser imprópria em novembro e dezembro.
Na Boa Viagem, os períodos impróprios se concentraram entre fevereiro e abril, com melhorias a partir de maio, que perduraram até outubro, com raros episódios de contaminação.
Em Icaraí, o trecho entre a Pedra de Itapuca e a Praça Getúlio Vargas apresentaram qualidade imprópria no início de 2024, mas mostraram evolução positiva entre maio e agosto.
No entanto, alguns problemas esporádicos voltaram a ocorrer nos meses seguintes.
Por outro lado, as praias mais afastadas da região central, como Sossego e Itacoatiara, mantiveram-se com boas condições de balneabilidade durante quase todo o ano.
As praias de Camboinhas, Piratininga e Itaipu também apresentaram qualidade própria, exceto em períodos de chuvas intensas. Itacoatiara e Sossego, além de se destacarem pela boa qualidade da água, foram novamente certificadas com a Bandeira Azul, selo internacional de qualidade ambiental, e não apresentaram água imprópria para banho em nenhum momento de 2024.
O monitoramento da balneabilidade segue os critérios estabelecidos pela resolução Conama 274/2000, que considera impróprias as águas com mais de 400 NMP (número mais provável) de enterococos por 100 mililitros, ou aquelas que apresentem dois ou mais resultados superiores a 100 NMP nas últimas cinco medições.
Também é recomendado evitar o banho em dias de chuva, especialmente próximo a galerias pluviais e canais de drenagem.