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PM apreende 10 fuzis no RJ e retira 35 toneladas de barricadas em Itaboraí
Megaoperações em várias cidades miram avanço do Comando Vermelho
PM apreende 10 fuzis no RJ e retira 35 toneladas de barricadas em Itaboraí
Foto do autor Mauro Touguinhó Mauro Touguinhó
Por: Mauro Touguinhó Data da Publicação: 01 de agosto de 2025FacebookTwitterInstagram
35 toneladas de barricadas foram retiradas nesta sexta-feira, em Itaboraí - Foto: PMERJ

A Polícia Militar realizou nesta sexta-feira (1º) uma nova ofensiva contra o Comando Vermelho (CV) em comunidades da Região Metropolitana do Rio. Destaque para Itaboraí, onde equipes do 35º BPM e do Batalhão de Ações com Cães (BAC) foram ao Complexo da Reta Velha e retiraram 35 toneladas de barricadas usadas por traficantes para controlar o território e dificultar a entrada da polícia.

Esta é a segunda operação de grande porte na comunidade de Itaboraí apenas nesta semana. Na terça-feira (29), uma megaoperação coordenada pela PM deixou dois criminosos mortos, prendeu um terceiro e resultou na apreensão de um fuzil e uma pistola. 

Entre os mortos estavam Marcos Brenno Rodrigues Garcia, o “TX”, e Marlon Maia de Souza, o “Hiena”, apontados como lideranças do tráfico na Região dos Lagos e em Itaboraí, respectivamente.

Nesta sexta, a ofensiva teve como objetivo principal a desobstrução de vias estratégicas do Complexo da Reta, como as avenidas Flávio Vasconcelos e José Maria Nanci. 

Ao todo, foram mobilizadas equipes do 35º BPM, do Grupamento de Ações Táticas (GATs), de busca, do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA) e policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC). Além das barricadas, foram apreendidos um fuzil, duas metralhadoras e grande quantidade de drogas.

 

Policiais usaram retroescavadeira para desobstruir as ruas - Foto: PMERJ

 

Além dessas duas ações, o batalhão esteve também na Comunidade da Serrinha. De acordo com o coronel Sylvio Guerra, comandante do 4º CPA, agentes do Batalhão de Ações com Cães estiveram nas duas comunidades nos últimos três dias, retirando das mãos de criminosos dois fuzis e duas metralhadoras, considerados armamentos de guerra, além de entorpecentes e causando mais de R$ 2 milhões em prejuízo ao tráfico.

“Nosso foco foi atacar as estruturas logísticas do tráfico, dificultar o movimento de criminosos e restabelecer a mobilidade urbana na região”, afirmou.

 

Armas de guerra

As ações desta sexta-feira também se estenderam à capital e à Baixada Fluminense, com resultados expressivos. Em Duque de Caxias, na Comunidade do Dique, policiais do 15º BPM apreenderam seis fuzis durante varreduras após o atentado que matou uma mulher e uma criança na quinta-feira, em um ataque contra um PM da reserva.

No Jardim América, agentes do 16º BPM (Olaria) atuaram nas comunidades Furquim Mendes e Dique e encontraram mais um fuzil calibre 5.56, além de entorpecentes.

 

Policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC) participaram da ação - Fotos: PMERJ

 

No Complexo da Pedreira, em Costa Barros, zona norte do Rio, equipes do 41º BPM (Irajá) também apreenderam um fuzil. Em outra frente, na comunidade Cinco Bocas, militares do 16º BPM capturaram um suspeito e apreenderam um fuzil calibre 7.62.

Em Japeri, na Baixada, dois suspeitos morreram em confronto com o 24º BPM (Queimados), no bairro Jardim Delamare. Com eles, foram apreendidos uma pistola 9mm, um revólver .38 e uma grande quantidade de drogas — mais de mil embalagens de cocaína, maconha, crack e skank. Um rádio transmissor também foi recolhido.

 

Além das barricadas, foram apreendidos fuzil, metralhadoras e drogas - Fotos: PMERJ

 

Governo cobra ação federal

O governador Cláudio Castro voltou a destacar a quantidade de armas de guerra retiradas das mãos do tráfico, mas cobrou mais ação por parte da União.

"É impressionante a quantidade de fuzis que vêm sendo apreendidos pelas nossas forças de segurança. Seguiremos nesse trabalho, mas não podemos normalizar essa situação. Volto a dizer: é necessário que o governo federal atue fortemente nas fronteiras e divisas para impedir que essas armas continuem a chegar ao Rio", afirmou.

De acordo com a Polícia Militar, as operações seguem em andamento e fazem parte de uma estratégia integrada da corporação para enfraquecer facções criminosas, prender lideranças e reduzir os índices de violência na Região Metropolitana.

“As ações começaram cedo para evitar riscos à população e reduzir a possibilidade de resistência armada. Nosso objetivo foi restabelecer a sensação de segurança na comunidade”, explicou o coronel Sylvio Guerra.

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