A Justiça do Rio de Janeiro expediu, na manhã desta terça-feira (22), um mandado de prisão contra o rapper Oruam. A decisão foi tomada após o artista ser indiciado por seis crimes, segundo a Polícia Civil, incluindo associação para o tráfico de drogas e favorecimento pessoal.

A nova acusação se baseia na acusação de que ele teria impedido a apreensão de um menor de idade foragido por roubo, durante uma operação realizada na Zona Oeste da capital.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro já havia indiciado Oruam por associação para o tráfico, após um episódio envolvendo o adolescente conhecido como "Menor Piu", que foi localizado em sua residência. O jovem é apontado como segurança de Edgar Alves de Andrade, o "Doca", um dos líderes do Comando Vermelho (CV) no estado.

De acordo com o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, essa foi a segunda vez em seis meses que foragidos com ligação ao tráfico foram encontrados na casa do artista. “Se havia alguma dúvida de que Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho”, afirmou o delegado.

Durante a ação, Oruam teria reagido para impedir a apreensão do menor, chegando a atirar pedras contra viaturas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). O adolescente foi colocado na viatura, mas conseguiu fugir após abrir a porta traseira e sair correndo.

Pouco depois, Oruam publicou um vídeo nas redes sociais afirmando ser perseguido pelas autoridades e negando envolvimento com o tráfico. No entanto, para a Polícia, a gravação reforça a relação do artista com o crime organizado.