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Governo reforça vigilância para identificar nova variante da Mpox
Nota técnica traz orientações para diagnóstico da cepa 1b pelos laboratórios de referência
Governo reforça vigilância para identificar nova variante da Mpox
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 27 de setembro de 2024FacebookTwitterInstagram
OMS declarou a cepa 1b como emergência de saúde pública (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde publicou nota técnica para orientar o diagnóstico da nova variante da Mpox nos laboratórios de referência do país, a cepa 1b. A vigilância para a doença está sendo considerada prioridade pela pasta, que tem tomado diversas medidas para coordenar as ações de resposta à doença.

Até o momento, o Brasil não registrou casos da cepa 1b de Mpox, que motivou a declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora o Brasil apresente estabilidade e controle da Mpox, o Ministério da Saúde, de forma preventiva, instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde, no dia 15 de agosto, para coordenar ações de resposta à doença. 

Os casos atuais pertencem à cepa 2, que vem sendo monitorada desde 2022, quando o pico da doença registrou mais de 10 mil casos.

Para ser encaminhado, o caso positivo precisa apresentar critérios clínicos e epidemiológicos que indiquem a necessidade da caracterização da tipagem. Por ser uma cepa recente, ainda não existem kits de diagnóstico disponíveis para sua identificação. Atualmente, a rede nacional de laboratórios de saúde pública está abastecida com testes que detectam o vírus da doença de forma genérica, sem diferenciar cepas entre si. 

Segundo a nota técnica, para ajudar na especificação o paciente positivado deve se enquadrar em vínculos epidemiológicos 21 dias antes de apresentar os sintomas: ter viajado para regiões com evidências de transmissão da cepa 1b ou regiões endêmicas e ter tido contato com casos confirmados ou suspeitos da cepa 1b. Caso confirmado algum desses critérios, a amostra é encaminhada ao laboratório colaborador.

Por meio do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), o Ministério da Saúde tem analisado as evidências científicas sobre a Mpox e indicado as recomendações necessárias à população brasileira. Além disso, o plano de contingência para a doença foi atualizado com a ampliação da capacidade de diagnóstico molecular em todos os 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) e dois laboratórios colaboradores. 

A Mpox é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus MPXV. A transmissão em humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo Mpox vírus ou por materiais contaminados com o vírus.

A principal forma de transmissão é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada.

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

Geralmente, a Mpox evolui para quadros leves e moderados e pode durar de duas a quatro semanas. Os principais sintomas são: erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas, feridas com casca ou não); adenomegalias, que se caracterizam por linfonodos inchados denominados de “ínguas”; febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio e fraqueza. 

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais da doença (período de incubação) é geralmente de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outros indivíduos. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.

A nova nota técnica pode ser vista neste link.

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