Durante uma operação de rotina na madrugada de quarta-feira (24), policiais militares do 12º BPM (Niterói) prenderam em Maricá um homem foragido da Justiça pelo crime de tentativa de homicídio. Identificado como Marcus Vinícius Gonçalves da Silveira, de 32 anos, ele foi capturado por volta das 2h10, na altura de Inoã, na Rodovia RJ-106, quando dirigia um Fiat Palio.

De acordo com a corporação, a abordagem foi realizada por equipes da 6ª Companhia, com apoio do PROEIS, durante uma ação. Após consulta aos sistemas da polícia, os agentes constataram que havia contra Marcus um mandado de prisão em aberto expedido pela 3ª Vara Criminal da Capital, pelo crime de tentativa de homicídio qualificado. Ele foi encaminhado à 82ª DP (Maricá), onde o mandado foi cumprido.

Segundo o inquérito policial, Marcus é acusado de tentar matar a tiros Luiz Fernando, em 14 de fevereiro de 2025, no bar conhecido como "Bar do Marrento", em Cascadura, Zona Norte do Rio. A motivação seria um desentendimento antigo entre os dois.

Durante o ataque, uma segunda vítima, identificada como Marcelo Lima da Silva, também foi baleada — dois disparos o atingiram pelas costas, causando graves lesões.

Marcelo relatou à polícia que estava de costas quando Marcus chegou ao local em um Ford Ka preto sem placas e efetuou os disparos. O alvo dos tiros, Luiz Fernando, também foi atingido. Testemunhas contaram que, momentos antes, uma mulher que acompanhava Marcus teria tentado distrair os presentes no bar. A estratégia, segundo a investigação, foi usada para preparar o ataque.

No processo, o Ministério Público destacou que o crime gerou "grande intranquilidade social" e que o acusado estava foragido desde o episódio. A prisão temporária foi decretada para garantir o andamento das investigações, diante do risco de intimidação das testemunhas e da gravidade dos fatos.

Além da tentativa de homicídio, Marcus Vinícius possui extensa ficha criminal: três anotações por estelionato, uma por lesão corporal, uma por furto e outra por ameaça. Ele também responde a outro processo por violência doméstica e, até então, não havia sido localizado para ser citado.

O caso segue agora sob responsabilidade da Justiça do Rio de Janeiro. A previsão legal é de que a prisão temporária dure 30 dias, podendo ser prorrogada ou convertida em preventiva.