A força-tarefa do Governo do Rio responsável pela Operação Desmonte interditou seis ferros-velhos de São Gonçalo que não possuíam registro para funcionar e não apresentaram notas fiscais do material que estava sendo comercializado.

O dono de um estabelecimento foi preso em flagrante por receptação de material roubado. 

Os agentes encontraram um motor de carro Punto, da Fiat, roubado. 

Outros dois foram autuados por crime ambiental, devido ao descarte irregular de óleo de motor diretamente no solo.

A operação ocorreu no bairro Santa Luzia, onde os ferros-velhos funcionavam de forma precária, na Avenida Júlio Lima, em terrenos invadidos e localizados embaixo de torres de transmissão de energia elétrica.

Como os estabelecimentos estavam cercados, impediam a circulação dos veículos das empresas de energia encarregadas da manutenção das torres de transmissão. 

Os funcionários e proprietários desses comércios usavam a base das torres como uma espécie de prateleira para pendurar peças de automóvel.

A força-tarefa é coordenada pelo Detran.RJ e tem a participação das polícias Civil e Militar, do Instituto Estadual do Ambiente e da Secretaria de Estado de Fazenda. 

Todas as sucatas e peças de veículos encontradas foram apreendidas e enviadas para reciclagem em empresas cadastradas junto ao Estado.

De acordo com o diretor geral das Atividades de Desmontagem do Detran.RJ, Luiz Alberto Moreira Coelho, a força-tarefa vinha recebendo denúncias sobre esses ferros-velhos em São Gonçalo.

“Recebemos denúncias e checamos através de nossa equipe de monitoramento. Além de não terem licença, esses ferros-velhos embaixo de torres de energia representavam um risco muito grande à vida. Não poderiam, jamais, funcionar assim. Ainda encontramos aqui um motor roubado e risco ambiental. Por todos esses motivos, foram interditados”, disse.

A Operação Desmonte já interditou 68 ferros-velhos irregulares desde que foi criada, em agosto de 2023. Ao todo, foram apreendidas mais de 900 toneladas de sucatas, todas encaminhadas para a destruição.

Além disso, desde que a força-tarefa começou a fiscalização de ferros-velhos, 27 empresas se credenciaram junto ao Detran.RJ para comercializar peças e sucatas de automóveis de procedência lícita.

No momento, outros dez proprietários estão em processo de registro junto ao órgão para funcionar legalmente. Cerca de cem vão iniciar a regularização com a etapa de apresentação de documentos. 

Desde o início de setembro, os estabelecimentos comerciais credenciados junto ao Detran.RJ são obrigados a usar as etiquetas que identificam as peças comercializadas.