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Família de Juliana Marins aciona PF por vazamento da necropsia
A responsabilidade pelo documento é da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e o laudo deveria ser sigiloso.
Família de Juliana Marins aciona PF por vazamento da necropsia
Foto do autor Leonardo Brito Leonardo Brito
Por: Leonardo Brito Data da Publicação: 10 de julho de 2025FacebookTwitterInstagram
Reprodução

Familiares da publicitária niteroiense Juliana Marins acionaram a Polícia Federal (PF) para investigar, segundo eles, o vazamento para a imprensa da autópsia realizada no corpo da jovem, que morreu após cair de uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A responsabilidade pelo documento é da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e o laudo deveria ser sigiloso.

A previsão da família era receber o laudo e divulgá-lo em entrevista coletiva na próxima sexta-feira (11), que teria ainda a participação da Defensoria Pública da União (DPU) e do perito contratado para a autópsia.

O novo exame no Brasil foi solicitado pela família de Juliana, que questiona as conclusões do laudo apresentado por legistas indonésios. Segundo o documento feito no país asiático, a brasileira sofreu um trauma contundente e morreu de hemorragia decorrente de lesões em órgãos internos.

O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, faleceu em decorrência de politraumatismos causados por uma queda de grande altura. A análise identificou hemorragia interna como causa imediata da morte, resultado de lesões viscerais múltiplas compatíveis com impacto de alta energia.

 

Crédito: Agência Brasil 

Segundo os peritos brasileiros, a jovem sobreviveu por um curto período após a queda, entre 10 e 15 minutos, sem capacidade de locomoção ou reação. Apesar da ausência de sinais de contenção, tortura ou luta, o laudo admite a possibilidade de sofrimento físico e mental nesse intervalo, em razão do estresse extremo e do ambiente hostil.

Dois dias depois da queda, ela foi localizada por meio de um drone térmico, mostrando que ainda estava viva naquele momento ou pelo menos algumas horas antes. As equipes de resgate só conseguiram chegar até a jovem na terça-feira (24), mas ela já havia morrido. O resgate do corpo ocorreu na quarta-feira (25).

O corpo da brasileira desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na terça-feira (1º), em um voo comercial. De lá, foi transportado para a Base Aérea do Rio de Janeiro em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

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