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O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, chegou ao Brasil nesta terça-feira (1º) em um voo da companhia Emirates Airlines. A aeronave pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 17h.
Após a chegada, a Força Aérea Brasileira (FAB) ficou responsável pelo translado da urna funerária entre Guarulhos e a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. O pouso no Rio está previsto para as 18h30, quando o corpo seguirá para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de uma nova autópsia.
A necessidade de um novo exame necroscópico foi solicitada pela família de Juliana à Justiça Federal e acatada pela Defensoria Pública da União (DPU). Segundo a defensora pública Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo pedido, a nova autópsia é fundamental para esclarecer a causa e o momento exato da morte, que até o momento permanecem sem respostas claras.
A primeira autópsia foi realizada na Indonésia, no hospital de Bali, pouco depois do resgate do corpo. Segundo o laudo inicial, Juliana morreu devido a múltiplas fraturas e lesões internas causadas por uma queda, sem sinais de hipotermia, e sobreviveu cerca de 20 minutos após o trauma.
No entanto, a família criticou a forma como as informações foram divulgadas, especialmente porque foram informadas após uma coletiva de imprensa e sem acesso prévio ao laudo.
O governador da província de Sonda Ocidental, Lalu Muhamad Iqbal, também se manifestou pela primeira vez sobre o caso, reconhecendo a falta de estrutura para operações de resgate e garantindo que procedimentos serão revisados para evitar novas tragédias.
Ele destacou a dificuldade das operações aéreas devido ao terreno arenoso e condições climáticas, além da carência de profissionais e equipamentos especializados para resgates verticais na região.
Em Niterói, cidade natal de Juliana, a família aguarda o sepultamento da jovem, que será realizado após a conclusão dos procedimentos legais e periciais. A prefeitura local tem apoiado os familiares e auxiliado na logística do traslado.
Nos últimos dias, a irmã de Juliana, Mariana Marins, chegou a fazer um apelo público à companhia aérea para agilizar o transporte do corpo, que enfrentou atrasos e mudanças inesperadas na logística do voo, causando apreensão pela validade do embalsamamento e pela realização da nova autópsia.
A morte de Juliana Marins provocou comoção nas redes sociais e trouxe à tona a discussão sobre a segurança em trilhas turísticas internacionais, especialmente no Monte Rinjani, que tem ganhado destaque mundial como destino de aventura, mas que carece de estrutura adequada para situações emergenciais.