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Corpo de Juliana Marins chega à São Paulo e segue para nova autópsia no Rio
Urna funerária será transportada da Base Aérea de Guarulhos ao Galeão, com autópsia marcada para esclarecer as circunstâncias da morte da jovem na Indonésia
Corpo de Juliana Marins chega à São Paulo e segue para nova autópsia no Rio
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 01 de julho de 2025FacebookTwitterInstagram
Foto: Reprodução

O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, chegou ao Brasil nesta terça-feira (1º) em um voo da companhia Emirates Airlines. A aeronave pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 17h.

Após a chegada, a Força Aérea Brasileira (FAB) ficou responsável pelo translado da urna funerária entre Guarulhos e a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. O pouso no Rio está previsto para as 18h30, quando o corpo seguirá para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de uma nova autópsia.

A necessidade de um novo exame necroscópico foi solicitada pela família de Juliana à Justiça Federal e acatada pela Defensoria Pública da União (DPU). Segundo a defensora pública Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo pedido, a nova autópsia é fundamental para esclarecer a causa e o momento exato da morte, que até o momento permanecem sem respostas claras.

A primeira autópsia foi realizada na Indonésia, no hospital de Bali, pouco depois do resgate do corpo. Segundo o laudo inicial, Juliana morreu devido a múltiplas fraturas e lesões internas causadas por uma queda, sem sinais de hipotermia, e sobreviveu cerca de 20 minutos após o trauma. 

No entanto, a família criticou a forma como as informações foram divulgadas, especialmente porque foram informadas após uma coletiva de imprensa e sem acesso prévio ao laudo.

O governador da província de Sonda Ocidental, Lalu Muhamad Iqbal, também se manifestou pela primeira vez sobre o caso, reconhecendo a falta de estrutura para operações de resgate e garantindo que procedimentos serão revisados para evitar novas tragédias.

Ele destacou a dificuldade das operações aéreas devido ao terreno arenoso e condições climáticas, além da carência de profissionais e equipamentos especializados para resgates verticais na região.

Em Niterói, cidade natal de Juliana, a família aguarda o sepultamento da jovem, que será realizado após a conclusão dos procedimentos legais e periciais. A prefeitura local tem apoiado os familiares e auxiliado na logística do traslado.

Nos últimos dias, a irmã de Juliana, Mariana Marins, chegou a fazer um apelo público à companhia aérea para agilizar o transporte do corpo, que enfrentou atrasos e mudanças inesperadas na logística do voo, causando apreensão pela validade do embalsamamento e pela realização da nova autópsia.

A morte de Juliana Marins provocou comoção nas redes sociais e trouxe à tona a discussão sobre a segurança em trilhas turísticas internacionais, especialmente no Monte Rinjani, que tem ganhado destaque mundial como destino de aventura, mas que carece de estrutura adequada para situações emergenciais.

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