Dois homens foram presos na última quinta-feira (24), na Barra da Tijuca, suspeitos de integrar uma das maiores quadrilhas especializadas em roubo de celulares nas zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro. Os suspeitos foram capturados com 18 aparelhos que teriam sido roubados.

No Rio de Janeiro, o roubo de celulares é um dos crimes mais recorrentes e afeta milhares de pessoas todos os anos. Por isso, ao adquirir um aparelho, é fundamental redobrar a atenção quanto à procedência do celular.

Como resposta, o governo do estado lançou o aplicativo "Celular Seguro RJ", disponível gratuitamente para Android e iOS. A plataforma permite consultar o número do IMEI, código único de cada aparelho, e verificar se há registro de roubo ou furto.

O sistema é integrado às bases de dados da Polícia Civil e da Anatel, e também será utilizado por agentes durante abordagens, permitindo a verificação em tempo real da situação de cada celular. Para consultar o número do IMEI é simples: basta digitar *#06# no aparelho.

O aplicativo faz parte de um esforço conjunto com o Cadastro Nacional de Celulares com Restrição (CNCR), do Ministério da Justiça, que centraliza informações sobre aparelhos perdidos ou roubados em todo o país. A expectativa é que, com o uso da tecnologia e o apoio da população, seja possível enfraquecer a revenda ilegal de dispositivos e garantir mais segurança para quem utiliza o celular no dia a dia.

Membros de superquadrilha capturados

Nesta ação recente, os policiais flagraram os suspeitos deixando a comunidade de Rio das Pedras com 18 celulares que teriam sido roubados. A ação faz parte da Operação Rastreio, que combate crimes envolvendo aparelhos eletrônicos.

Segundo as investigações, a quadrilha atuava especialmente em sinais de trânsito, abordando vítimas com o uso de motocicletas e, em alguns casos, armadas. Só nos bairros de Rocha Miranda, Praça Seca e Jacarepaguá, mais de 30 ocorrências semelhantes foram atribuídas ao grupo.

Os dois homens foram autuados em flagrante por receptação, e as investigações seguem para identificar e prender outros integrantes da organização criminosa.

Desde o início da Operação Rastreio, mais de 4,7 mil celulares foram recuperados, e cerca de 1.400 já retornaram aos seus proprietários. Aproximadamente 300 pessoas foram presas por envolvimento em roubo, furto ou receptação de aparelhos.