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A partir do início desta semana municípios do Leste Fluminense, no Rio de Janeiro, passaram a adotar o novo esquema de vacinação contra a poliomielite, substituindo a vacina oral (VOP), popularmente conhecida como "gotinha", pela versão inativada (VIP), que é administrada por injeção.
Essa mudança, determinada pelo Ministério da Saúde, visa fortalecer a proteção contra a doença com base em evidências científicas e segue o exemplo de países como os Estados Unidos e várias nações europeias.
Em São Gonçalo, a secretária de Saúde, Dra. Bianca Serour, destacou a importância da continuidade da vacinação para manter a doença erradicada. "A quantidade de doses mudou, mas a vacinação continua sendo muito importante. A orientação é que todas as mães levem as crianças aos postos para a imunização", afirmou. Com a nova diretriz, o esquema vacinal inclui três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade e um reforço injetável aos 15 meses.
Itaboraí também já iniciou a aplicação da VIP. Segundo a prefeitura, todas as equipes de saúde foram treinadas para garantir uma transição eficiente e segura para o novo esquema vacinal, com o objetivo de proteger ainda mais as crianças do município.
Em Niterói, a Secretaria Municipal de Saúde informa que o novo protocolo de vacinação está em vigor, seguindo integralmente as diretrizes do Ministério da Saúde. A pasta reforça a importância da atenção dos pais às campanhas de vacinação, para garantir a imunização adequada das crianças.
A Prefeitura de Maricá foi uma das primeiras a implementar a mudança, iniciando o processo ainda em 29 de setembro. A partir de agora, o município está aplicando o reforço de 15 meses com a VIP em todas as suas Unidades de Saúde da Família (USF), que operam de segunda a sexta-feira, a partir das 8h. A vacinação utiliza exclusivamente a VIP, considerada mais segura e eficaz na prevenção da poliomielite.
O Brasil, que não registra casos da doença há 34 anos, busca manter a alta cobertura vacinal, que subiu para 86,55% em 2023, segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde. A adoção do novo esquema vacinal é um passo essencial para consolidar essa conquista e evitar o retorno da poliomielite no país.