O ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciou na manhã desta sexta-feira (18) após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs novas medidas restritivas contra ele, no âmbito da investigação que apura tentativa de golpe de Estado e ataque à soberania nacional.

Para jornalistas, Bolsonaro afirmou que está sendo alvo de “suprema humilhação” e classificou o inquérito como “puramente político”. Ele voltou a negar qualquer tentativa de golpe e minimizou os elementos apontados pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “Um golpe num domingo, sem Forças Armadas, sem armas... um golpe de festim”, ironizou.

O ex-presidente reclamou das limitações impostas, pois está proibido de deixar Brasília, terá que usar tornozeleira eletrônica, não pode se aproximar de embaixadas ou ter contato com diplomatas e precisa cumprir recolhimento domiciliar noturno e integral nos fins de semana.

“Eu nunca pensei em sair do país. Nunca pensei em ir para uma embaixada. Mas as cautelares são em função disso”, afirmou. “Tenho horário para ficar na rua. O objetivo é uma suprema humilhação.”

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua casa, a Polícia Federal encontrou aproximadamente 14 mil dólares e cerca de 8 mil reais em espécie. Bolsonaro disse que os valores têm origem lícita e não configuram nenhuma irregularidade. “Pegaram R$ 7 mil e aproximadamente US$ 14 mil, devidamente com origem”, declarou, “o julgamento eu espero que seja técnico e não político”, disse Bolsonaro no fim do pronunciamento.