Candidato a um terceiro mandato de prefeito em Niterói, Rodrigo Neves (PDT) reuniu, no Centro, nesta quinta-feira (3), a militância de sua coligação e personalidades políticas do estado, no que denominou “a caminhada da vitória”. O tom geral dos discursos foi o de tentar liquidar a eleição de 6 de outubro, já no primeiro turno, para barrar uma candidatura de extrema-direita que – nas palavras dos correligionários de Rodrigo – representam um “retrocesso” para Niterói e todo o Brasil.  

Durante o ato, que foi da Câmara Municipal à Praça Arariboia, Rodrigo destacou, do alto de um carro de som, que terminou o seu último mandato, em 2020, com 80% de aprovação popular. O ex-prefeito ressaltou êxitos de gestões anteriores, como – entre outros - a construção “recorde” de escolas e creches. “Niterói é referência em Defesa Civil no Brasil. Eu respeito a deputada Talíria, que é uma parlamentar atuante e continuará sendo, depois desta eleição. Vamos explicar de maneira fraterna que o voto na Taliria é levar o Jordy para o segundo turno”, disse, deixando clara a importância de que a eleição majoritária termine já no domingo: 

“Se houver segundo turno, será com aquele que defendeu agressores de mulheres, no Congresso Nacional. Quem é realmente progressista, vota 12, no dia 6. Não vamos permitir que gente despreparada cheguei perto da prefeitura. Vamos conquistar cada voto e vencer essa eleição”.

Acompanhado de sua candidata à vice-prefeita, Isabel Swan (PV), com Rodrigo Neves estavam presentes, também, autoridades como o presidente da Embratur no governo Lula, Marcelo Freixo, e a deputada estadual Martha Rocha (PDT), que no início do evento puxou o coro de militantes de diferentes candidatos a vereador de PDT; PT; PV; PC do B; Cidadania e outros partidos da coligação rodriguista. 

Freixo apontou a importância de Niterói não “dar margem à barbárie e ao atraso”. “Vamos eleger Rodrigo no primeiro turno, em nome da democracia. Estamos juntos, desde o início”, conclamou o deputado federal eleito pelo PT em 2022.

Ex-candidato à Prefeitura de Niterói - que renunciou na última terça (1º), para apoiar Rodrigo -, Guilherme Bussinger (Mobiliza) explicou o porquê de ter se abdicado de sua candidatura: 

“Não vamos deixar Niterói cair na mão desses extremistas. Renunciei à minha candidatura por amor a Niterói”.

Também presente na caminhada, o professor e sociólogo José Antônio Barroco sublinhou que, à medida que se vai chegando o dia das eleições, a sociedade amadurece e consolida o seu voto: 

“Essa posição leva muito em conta o risco de uma polarização negativa, que nós já conhecemos, com toda essa ameaça da direita radical, que queremos longe daqui. Toda disputa política é importante, pelo campo da esquerda e dos direitos sociais. Tenho certeza de que vamos chegar a um bom termo, pelo campo popular”.  

Medalha e primeiros atos

Esportista, Isabel Swan disse querer trazer uma “medalha” para Niterói. Para a militante verde, a cidade, que “tem 60% do território preservado”, pode conquistar novos feitos. “Venho do esporte.  Vamos fazer mais, com muito amor e acolhimento. Quero ser a primeira vice-prefeita e trazer uma medalha para Niterói, que será a primeira cidade (do país) para se viver e ser feliz”, exaltou.

Dentre os primeiros atos de um terceiro governo Rodrigo, o candidato prometeu, na caminhada, incluir todas as famílias atípicas na Moeda Social Arariboia; contratar mais 200 médicos; acabar com o déficit de creches para crianças de zero a três anos; levar a Nitbike a todas as regiões da cidade e retomar o programa de segurança pública Niterói Presente.