Imagem Principal
Imagem
Presidente da CBF é investigado em operação da Polícia Federal
Ação investiga rede de corrupção eleitoral ligada à deputada Helena Lima (MDB-RR)
Presidente da CBF é investigado em operação da Polícia Federal
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 30 de julho de 2025FacebookTwitterInstagram
Agentes federais cumprem mandados em Boa Vista e no Rio de Janeiro; sede da CBF é um dos alvos. Foto

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (30) a Operação Caixa Preta, que investiga suspeitas de irregularidades eleitorais ligadas ao MDB em Roraima. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, atingindo figuras influentes da política e do empresariado local, como o presidente da CBF, Samir Xaud; a deputada federal Maria Helena (MDB-RR); e seu marido, o empresário Renildo Lima.

A investigação tem como base a suspeita de compra de votos nas eleições de 2024, após Renildo ter sido preso com R$ 500 mil em espécie, parte escondida na roupa íntima. A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 10 milhões em bens dos envolvidos.

Agentes estiveram na casa de Samir Xaud e também na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Em nota, a confederação afirmou que a operação não tem relação com o futebol ou com a entidade, e que Xaud não é o foco central da investigação.

Nada foi apreendido na sede da instituição. Samir, de 41 anos, assumiu a presidência da CBF em maio deste ano e é o dirigente mais jovem a ocupar o cargo. Natural de Boa Vista e médico, tentou se eleger deputado federal em 2022, mas não teve êxito. Seu pai, Zeca Xaud, comanda a Federação Roraimense de Futebol desde 1975.

A deputada Maria Helena, também investigada, está em seu primeiro mandato e foi a segunda mais votada do estado em 2022. Ela construiu carreira no setor de transportes e declarou patrimônio superior a R$ 10 milhões. Seu marido, Renildo Lima, é sócio majoritário da Asatur, tradicional empresa de ônibus que liga Boa Vista a Manaus, e também comanda a Voare Táxi Aéreo, única do setor em operação privada no estado.

Outro alvo da operação foi Igo Brasil, superintendente do DNIT em Roraima. A CBF reiterou que está à disposição das autoridades e que seu presidente segue colaborando com as investigações.
 

Relacionadas