A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (1º), o “Dia D” da Operação Rastreio, considerada a maior ofensiva já realizada no estado contra o roubo, furto e a receptação de celulares. A ação acontece simultaneamente em todos os 92 municípios fluminenses e mobiliza agentes das delegacias distritais e especializadas. Até o fim da manhã, 68 pessoas foram presas e 599 celulares foram apreendidos.

Desde o lançamento da operação, em maio, já foram apreendidos mais de 2,3 mil aparelhos e presas pelo menos 105 pessoas envolvidas na cadeia criminosa. Com as diligências do Dia D, esses números tendem a aumentar significativamente.

A ofensiva ocorre uma semana após as delegacias de todo o estado intimarem mais de 3 mil pessoas a entregarem celulares com origem criminosa. Elas foram identificadas por meio de investigações e receberam 72 horas para devolver os aparelhos. Segundo a Polícia Civil, 934 pessoas compareceram espontaneamente às unidades e devolveram os telefones.

“Demos uma oportunidade para quem não agiu de má-fé. Depois da intimação, muitas pessoas procuraram nossas delegacias e entregaram os aparelhos. Quem não fez isso vai responder pelo crime de receptação”, destacou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

“Essa cadeia criminosa só existe porque há quem compre. Mostrando para a população que essa aquisição tem consequência, esperamos enfraquecer todas as engrenagens do crime”, complementou o secretário.

Todos os dispositivos apreendidos passam por perícia e os verdadeiros proprietários estão sendo localizados para a restituição dos bens.

Prisão em Maria Paula

Ainda como parte das ações, um dos maiores receptadores de celulares da Região Metropolitana foi preso na Comunidade do Eucalipto, em Maria Paula, Niterói. Agentes da 76ª DP (Niterói) localizaram o criminoso em casa e, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, encontraram 136 celulares, muitos deles com restrição por furto ou roubo.

Segundo as investigações, o suspeito comercializava os aparelhos em uma barraca na conhecida “Feira do Rolo”, no Jardim Catarina, em São Gonçalo. Ele foi preso em flagrante e responderá por receptação qualificada, crime cuja pena pode chegar a oito anos de reclusão. O homem, que já tinha quatro anotações criminais, foi encaminhado ao sistema prisional.