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Assim que o Brasil aliviou na política de importação de automóveis a soviética Lada exportou para cá três modelos: Niva, Laika e Samara.
Lixo sobre rodas, os carros eram tão ruins que a Lada sumiu do mapa em 1995.
Com o fim da União Soviética, em 1991, milhares de brasileiros que caíram no conto soviético da resistência, força e performance perceberam que os Ladas adoravam um reboque e viviam deixando seus donos na mão.
O dono de um Laika branco conta que mudando de marcha no túnel Rebouças, Rio, a alavanca do cambio saiu na sua mão.
Obrigado a parar no viaduto Paulo de Frontin, o homem foi assaltado por bandidos que chegaram em duas motos.
A vítima ficou encostada na mureta e quando o bandido viu que o carro estava sem alavanca de mudanças, surrou violentamente o dono do carro como se ele tivesse feito de propósito.
Um outro dono de Laika, pegou um carro zero KM na concessionária e foi para Petrópolis. Percebeu um cheiro de gasolina mas decidiu não parar.
Subindo a serra, sentiu vertigens, desmaiou e o carro desgovernado avançou em cima de um vendedor de caranguejos na beira da estrada que teve tempo de se jogar no mato. O Lada bateu numa árvore e teve um princípio de incêndio.
O motorista foi socorrido pelo vendedor de caranguejos que o retirou do veículo sem ferimentos, apenas vomitando muito por causa da inalação do cheiro de gasolina.
O Lada Samara era um hatch metido a moderno que sofria de grave falta de instabilidade. Vários derrapavam de frente e batiam no que encontravam pela frente.
O Lada Niva, um jipe, foi o modelo que mais vendeu. Com tração 4X4 integral fazia quatro quilômetros com um litro de gasolina na cidade.
Os três modelos tinham características comuns: nenhum mecânico encontrava peças e não tinham ar condicionado. Verdadeiras saunas móveis.
Por tudo isso, surpreende o fato de um Lada ainda existir, o Niva. Segundo o portal Motor 1, é o último suspiro da Lada.
O modelo tem um motor de 16 válvulas com potência de 122 cv e torque máximo de 15,4 kgfm a 5.000 rpm, acoplado a uma transmissão reforçada, com melhorias que também afetam a caixa de redução.
Na aparência, são novos também os alargadores de para-lama, os LEDs dianteiros e as rodas de liga-leve diamantadas (sem diâmetro especificado).
Já no interior, o SUV ganhou detalhes em vermelho costurados nos bancos, volante, porta-luvas e outros. A manopla tanto da tração quanto de câmbio têm acabamento prateado.
Na Europa, o Lada Niva de entrada é vendido pelo equivalente a 8.600 euros, ou cerca de R$ 54,2 mil. Bem menos que qualquer carro 0km no Brasil.
Mas é bom lembrar que este é um grande exemplo de que o barato sai muito caro.