Neste sábado (21), o senador Flávio Bolsonaro (PL) esteve em Rio Bonito para apoiar o candidato à Prefeitura, Uiltinho Delaroli (PL), durante um evento na Praça Astério Alves de Mendonça, no Centro da cidade. 

Acompanhado por correligionários e sob escolta da Polícia Militar, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, subiu em um trio elétrico e declarou que Uiltinho era a melhor opção para a cidade.

"Em 2026, estaremos juntos com o presidente Bolsonaro e, para isso, precisamos de Uiltinho Delaroli como prefeito", expressou o senador, ao lado do deputado federal Altineu Côrtes (PL), o deputado estadual Guilherme Delaroli (PL) e o prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli (PL).

Protesto e confronto

Simultaneamente, um grupo de manifestantes, vestindo camisas pretas com adesivos contra violência doméstica e racismo, protestou contra a presença de Flávio Bolsonaro e lideranças do PL. 

Eles também acusaram Uiltinho de racismo e violência doméstica, espalhando cartazes pelo local. O ato gerou um tumulto entre os manifestantes e apoiadores do ex-vereador de Maricá (2009-2012) e filho do ex-prefeito da cidade, Uilton Afonso Viana. 

A situação se agravou e a Polícia Militar interveio para dispersar a confusão, utilizando spray de pimenta. Testemunhas relataram que garrafas foram jogadas pelos manifestantes, enquanto outros afirmam que o confronto começou após a ação policial. Alguns comerciantes, temendo pela segurança, fecharam seus estabelecimentos.

Procurada, a Polícia Militar confirmou a intervenção.

"Em parte, o fato ocorrido se deu em decorrência do encontro de duas oposições políticas durante a caminhada eleitoral, momento em que, mesmo após diálogo por parte dos policiais, para conter os ânimos, começaram a jogar garrafas nos policiais como também entre eles, sendo desta forma necessário o uso do equipamento de menor potencial ofensivo de forma proporcional e moderada para cessar a agressão”, ressaltou a PM por meio de nota.

Cerca de 34 pessoas foram atendidas no Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV) após apresentarem reações à exposição ao spray de pimenta, como falta de ar, palpitações, irritação nos olhos, fechamento da glote e crises de ansiedade.

Devido ao início de tumulto na entrada do hospital, foi necessária a intervenção do Corpo de Bombeiros e da equipe de segurança para controlar a situação.

Uma força-tarefa formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos foi mobilizada para atender a demanda. Apesar dos atendimentos, o hospital informou que ninguém precisou ser internado em estado grave.

Para o jornal Folha da Terra, o grupo de manifestantes, chamado "Caminhada da Mulher", afirmou estar defendendo seus ideais e contou com o apoio de grupos políticos locais.

A reportagem tenta contato com Uiltinho Delaroli, mas até o momento, não houve retorno.