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Uma pesquisa realizada ao longo de 2024 no Parque Estadual da Serra da Tiririca, pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), identificou 14 espécies de mamíferos terrestres nativos, incluindo exemplares ameaçados. Utilizando armadilhas fotográficas instaladas nas trilhas do parque, localizado entre Niterói e Maricá, o estudo resultou em mais de 2.000 imagens.
Entre os registros inéditos estão o tatu-de-rabo-mole-grande (Cabassous tatouay) e o mão-pelada (Procyon cancrivorus). Também foram documentadas espécies ameaçadas, como o gato-maracajá (Leopardus wiedii), além de outros animais como o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), ouriço-cacheiro (Coendou spinosus) e tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla).
Por outro lado, o estudo identificou a presença preocupante de espécies invasoras, como o cão doméstico, que foi a terceira espécie mais registrada, com mais de 200 ocorrências. Essa situação representa um risco significativo para a fauna local.
De acordo com o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, o levantamento é fundamental para a criação de políticas públicas de conservação. A coordenadora de Biodiversidade, Deise Delfino, reforçou a importância do uso de armadilhas fotográficas para monitorar a fauna e alinhar os esforços ao programa Fauna Ameaçada, que atualiza a lista de espécies em risco no estado e promove tecnologias de monitoramento.
A pesquisa integra a Estratégia e Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade, que estabelece metas de preservação ambiental até 2030, reforçando o compromisso com a proteção da fauna em todo o Estado.