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A investigação da Polícia Federal (PF) contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, foi suspensa após uma liminar ser concedida pela Justiça Eleitoral de Roraima. O mandatário era investigado por compra de votos nas eleições municipais de 2024.
A decisão provisória é válida até o julgamento final do habeas corpus apresentado pela defesa. A liminar foi assinada pelo desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), Jésus Rodrigues do Nascimento e diz que não há indícios concretos da participação de Samir Xaud em qualquer crime eleitoral.
O presidente da CBF era alvo da operação Caixa Preta. Assim, a busca e apreensão autorizada anteriormente contra ele foi anulada. O vice-presidente do TRE-RR destacou que “não restaram demonstrados elementos concretos de autoria e materialidade delitiva capazes de associar a participação do paciente na prática de crime eleitoral”.
Ressaltou, ainda, “grave constrangimento ilegal na decretação de busca e apreensão” e “desproporcionalidade da medida” contra o presidente da CB
Além de Samir Xaud, a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) e o empresário Renildo Lima também foram alvos da Operação Caixa Preta, que apura compra de votos nas eleições de 2024. Nesta quarta-feira (30), a PF cumpriu mandados de busca em Roraima e no Rio de Janeiro. A Justiça também bloqueou R$ 10 milhões nas contas dos investigados.
“Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro”, declarou Samir Xaud, através de nota publicada no site oficial da CBF.
Em setembro de 2024, o empresário Renildo Lima foi preso com R$ 500 mil, sendo parte na cueca, durante as eleições municipais daquele ano, dando início às investigações.
Samir Xaud, de 41 anos, foi eleito presidente da CBF em maio deste ano, após o afastamento de Ednaldo Rodrigues.