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Hospital Antônio Pedro promove ações educativas sobre hanseníase
Atividades interativas conscientizam sobre prevenção e tratamento
Hospital Antônio Pedro promove ações educativas sobre hanseníase
Foto do autor Gabriel Ferreira Gabriel Ferreira
Por: Gabriel Ferreira Data da Publicação: 30 de janeiro de 2025FacebookTwitterInstagram
Fotos: Divulgação

O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), realizou entre os dias 23 e 30 de janeiro de 2025 uma série de ações educativas para conscientização sobre hanseníase e outras doenças negligenciadas. As atividades, promovidas em alusão ao Janeiro Roxo e ao Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, incluíram apresentações teatrais, palestras e interações com pacientes e acompanhantes no ambulatório de dermatologia e em outras áreas do hospital. 

Doenças negligenciadas afetam principalmente populações vulneráveis e costumam receber menos atenção em políticas públicas e investimentos em pesquisa. O infectologista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ezequias Batista Martins, destacou a relação dessas enfermidades com condições precárias de saneamento e controle ambiental. Ele ressaltou a importância da educação continuada para que a população possa reconhecer e prevenir essas doenças. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 20 doenças tropicais negligenciadas são registradas globalmente. No Brasil, algumas das mais preocupantes são dengue, hanseníase, tuberculose, leishmaniose, filariose, doença de Chagas, malária e esquistossomose. Para o professor Ezequias, iniciativas educativas são fundamentais para reduzir casos e evitar complicações. Segundo ele, a promoção de palestras e oficinas adaptadas a diferentes territórios pode ajudar na disseminação do conhecimento e estimular o engajamento coletivo na prevenção. 

No dia 23 de janeiro, o grupo Teatro Bacurau realizou uma apresentação na sala de espera do ambulatório de dermatologia, usando a encenação para sensibilizar o público sobre os desafios enfrentados por pacientes com hanseníase. Brenda Menezes, representante do grupo e integrante do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), enfatizou a importância do teatro na transmissão de informações corretas e no combate ao estigma da doença. 

Já no dia 30, a programação incluiu panfletagem, explicações sobre doenças tropicais negligenciadas e um momento interativo para esclarecimento de dúvidas. As atividades ocorreram não apenas no ambulatório de dermatologia, mas também em outras alas do hospital. A acadêmica de Medicina Paula Maia destacou o impacto dessas experiências na formação dos estudantes, reforçando a importância da extensão universitária na conscientização e no diagnóstico precoce. 

A iniciativa do Huap demonstrou a relevância da educação em saúde como ferramenta para prevenir e tratar doenças negligenciadas. A interação entre profissionais, estudantes, pacientes e acompanhantes fortaleceu a disseminação do conhecimento, essencial para combater o preconceito e garantir acesso ao tratamento adequado.

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