A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (18) um homem acusado de matar o próprio sobrinho a pauladas, em São Gonçalo. A captura foi feita por agentes da 74ª DP (Alcântara), que cumpriram mandado de prisão preventiva expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca local. O crime ocorreu em setembro de 2023, no bairro Raul Veiga.

O preso, identificado como Celso Pinto de Carvalho Júnior, de 31 anos, foi localizado por investigadores em uma residência na Estrada Raul Veiga. Ele é acusado de ter agredido o sobrinho Kelvyn Carvalho Basílio da Silva com golpes violentos de madeira na cabeça. O jovem sofreu três fraturas cranianas e morreu dias depois.

Segundo o delegado titular da unidade, Marcello Maia, o crime foi motivado por uma discussão familiar sobre uma bicicleta. Durante interrogatório, o autor confessou ter golpeado a cabeça do sobrinho e admitiu ter assumido o risco de matá-lo.

O mandado de prisão preventiva foi assinado no último domingo (14) pela juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, que destacou a gravidade dos fatos e a reincidência do acusado.

A ordem judicial foi expedida com base no artigo 121, parágrafo 2º, do Código Penal (homicídio qualificado). O documento determina que, uma vez preso, Celso deve ser conduzido ao sistema penitenciário e apresentado à Justiça para audiência de custódia.

Autor já havia matado a prima, grávida dele, em 2012

Celso Pinto de Carvalho Júnior já havia sido preso por homicídio em 2012, quando matou a própria prima, Natália dos Santos Vitorino, de apenas 13 anos, com quem mantinha um relacionamento e que, segundo familiares, estava grávida dele.

O crime ocorreu em 10 de julho de 2012, no bairro Santa Izabel, em São Gonçalo. A adolescente saiu de casa dizendo que iria visitar o avô e não voltou. Seu corpo foi encontrado horas depois em um terreno da Estrada São Thomé, com um corte de 10 centímetros no pescoço e ao menos cinco facadas.

Na época, Celso tinha 18 anos. Ele foi preso após confessar o assassinato, alegando que não aceitava a gravidez. Durante a investigação, a polícia encontrou roupas sujas de sangue em sua casa e descobriu, no quarto da vítima, um caderno onde ela relatava o relacionamento com “Juninho” — apelido pelo qual ele era conhecido.

Celso riu durante o depoimento, segundo os agentes que o ouviram, e chegou a dizer a um amigo que mataria Natália caso a gestação fosse confirmada. Um menor de idade, apontado como cúmplice, também foi apreendido. Ambos foram encaminhados à Justiça.

Reincidência e periculosidade

Com histórico de duas mortes dentro da própria família, Celso agora volta ao sistema penitenciário para responder por mais um homicídio qualificado. A polícia investiga se há outros crimes relacionados ao acusado. Informações podem ser repassadas à 74ª DP pelo número (21) 98596-7156, com garantia de sigilo.