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O novo prefeito de Belford Roxo, Márcio Canella (União Brasil), recém-empossado, acusou o ex-prefeito da cidade, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (Republicanos), de ter depenado a sede da Prefeitura do município.
“Furtaram os computadores, os HDs, apagaram todas as informações para dificultar o nosso trabalho. Esse foi mais um ato criminoso do ex-prefeito Waguinho.
"É tanto espírito de porco que levaram torneiras, cafeteiras, chuveiros, até as bandeiras da cidade, do estado e do país eles levaram”, disse Márcio Canella em vídeo.
Durante sua posse, Canella disse que estima ter herdado uma dívida de R$ 1 bilhão e uma cidade suja e sem coleta de lixo.
Waguinho e Márcio Canella já foram aliados, com Canella sendo vice-prefeito de Waguinho na eleição de 2020.
O prefeito informou que teve que fazer um decreto que fecha a Prefeitura por 15 dias, sem paralisar os serviços essenciais, para poder organizar a sede do executivo.
O decreto de calamidade financeira foi publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (2).
As medidas previstas no decreto para debelar o estado de calamidade financeira perdurarão pelo prazo de 120 dias, podendo ser prorrogado por iguais períodos caso a situação se mantenha inalterada.
A Prefeitura ficará fechada até o dia 15 de janeiro para a transição de governo, ante a inobservância pelo mandatário anterior, da legislação vigente, para realização de auditoria preliminar, contabilização de recursos e verificação de acervo e outras medidas pertinentes.
O atendimento ao público em geral pelo período assinalado, em todas as áreas da Administração Municipal Direta e Indireta, ficarão suspensos. As atividades internas da administração serão mantidas.
Os vencimentos correspondentes a prazos e pagamentos ficarão suspensos
pelo período assinalado.
Além disso, o decreto criou o Gabinete de Crise, integrado pela Vice-Prefeita, pelo Secretário Municipal de Fazenda e pelo Procurador-Geral do Município, com poderes para intervirem em todos os órgãos e entes da Administração Pública Municipal e promoverem os ajustes e auditorias necessários.
O Gabinete de Crise, dentre outras medidas, poderá rescindir contratos temporários de prestação de serviços ou de outra natureza, por razões de interesse público, ressalvando a permanência do mínimo necessário e essencial ao funcionamento dos serviços públicos municipais, bem como revisar a situação de emergencialidade de todos os contratos firmados de forma direta pelo Município.
Durante o período do decreto, fica vedada a realização de quaisquer despesas que dependam de recursos próprios no âmbito do Poder Executivo sem a expressa autorização do Gabinete de Crise, salvo a decorrente de determinação judicial.
Os créditos orçamentários abertos durante a vigência do estado de calamidade pública deverão considerar prioritariamente as despesas com Saúde, Educação, Assistência Social e o pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas.
A reportagem tenta contato com o ex-prefeito Waguinho.
Veja os motivos citados pela Prefeitura de Belford Roxo para o decreto de calamidade financeiro: