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É louvável a iniciativa de se conceder financiamentos populares para permitir a construção de 500 mil casas anuais através do programa "Minha Casa, Minha Vida", criado em 2009 e desativado pelo governo bolsonarista.
Corremos o risco de incentivar a elevação do custo de ocupação do solo e de especulação imobiliária, inviabilizando a livre iniciativa popular na busca de solução para os sem teto urbanos, aqueles oriundos do interior empobrecido.
Em alguns países os governos voltaram-se para a formação de vilas (ou cidades) agrícolas, por duas razões básicas: criar estrutura para que os imigrantes do meio rural voltem às suas terras de origem; e minimizar o prejudicial e degradante sistema de ocupação urbana, com falta de empregos, em regiões que já não suportam a desumana concentração popular.
A missão do governo é planejar, coordenar e incentivar ações mais condizentes à realidade nacional
O Brasil possui imensos territórios improdutivos e existem milhões de famílias desejosas de um pedaço de terra para cultivar ou se dedicar à criação animal.
Precisamos de agrovilas bem estruturadas segundo as condições do clima e doe solo e das potencialidades de produção de alimentos naturais livres das ações concentradoras dos grandes grupos ou dos intermediários, que encarecem os produtos.
O governo possui órgãos capacitados para a formação de mão de obra rural e de estruturação de cooperativas produtoras e comercializadoras.
O interior é mais saudável e precisa se desenvolver, acolhendo gente que tem amor à terra e quer melhora qualidade de vida.