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O Botafogo garantiu uma bolada com a transferência do meia Thiago Almada para o Atlético de Madrid. A venda, fechada por 21 milhões de euros (cerca de R$ 135 milhões), será integralmente destinada ao clube carioca, que detém os direitos do jogador. A negociação ainda prevê bônus que podem elevar o valor total para até 30 milhões de euros, caso metas estipuladas em contrato sejam atingidas.
A operação marca um ponto de virada na estrutura da Eagle Football, conglomerado de clubes fundado por John Textor. Anteriormente, Botafogo e Lyon compartilhavam receitas por meio de um modelo de “caixa único”, padrão da rede multiclubes.
No entanto, o cenário mudou após o rompimento entre os clubes, motivado pela saída de Textor da presidência do Lyon, logo após o clube francês escapar do rebaixamento em meio a uma crise financeira. Com isso, as agremiações passaram a funcionar de forma financeiramente independente.
Nos últimos seis meses, Almada atuou por empréstimo no Lyon, o que, em tese, poderia levar à divisão do valor da venda. Contudo, com a ruptura na gestão da Eagle, o Botafogo assegurou 100% da quantia. O argentino, que fez 26 partidas pelo Alvinegro em 2024, foi peça-chave nas conquistas da Conmebol Libertadores e do Campeonato Brasileiro, com três gols e duas assistências.
A venda de Almada já é a maior da história do clube em uma janela de transferências, superando a de Igor Jesus, que foi negociado com o Nottingham Forest por 20 milhões de euros (R$ 128,8 milhões). Com a negociação, o Botafogo ultrapassa a marca de R$ 600 milhões em vendas apenas em 2025.
Na última semana, a permanência de Textor no comando do Botafogo foi ameaçada por investidores da Ares Management, que tentaram retirá-lo da SAF. No entanto, uma mobilização interna de funcionários e dirigentes barrou o movimento.