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O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) autorizou a quebra de sigilo de dados dos envolvidos no caso dos órgãos infectados por HIV. No documento, a juíza Flavia Fernandes de Melo determinou o acesso aos telefones celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos dos indiciados no inquérito.
Dessa forma, investigadores poderão acessar mensagens, e-mails, conversas em aplicativos de bate-papo, agenda e análise das ligações efetuadas e recebidas, assim como imagens, arquivos de vídeo ou áudio dos aparelhos.
Já o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou inquérito para apurar as condições sanitárias e operacionais do Laboratório de Patologia Clínica Dr. Saleme.
A Promotoria de Justiça ressalta ainda que é imperioso verificar se o laboratório foi contratado por outros entes públicos ou mesmo entidades privadas que fazem a gestão de serviços e unidades públicas para fins de realização de exames laboratoriais.
Jacqueline Iris Barcellar de Assis, investigada no inquérito da Delegacia do Consumidor (Decon), apresentou-se à polícia na tarde de terça-feira (15), na Cidade da Polícia. A Justiça havia decretado sua prisão temporária por cinco dias após a revelação de que seis pacientes na fila de transplante receberam órgãos contaminados.
Jacqueline é mencionada em documentos judiciais que ordenaram a prisão de quatro investigados, juntamente com Walter Vieira. As investigações revelaram que dois resultados com ‘falsos negativos’ para sorologia de HIV foram assinados por ela e Walter Ferreira. A decisão também destacou a formação acadêmica de Jacqueline como desconhecida, com indícios de informações falsas no cadastro do Conselho Regional de Biomedicina.