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O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) determinou a suspensão dos pagamentos ao laboratório PCS Saleme, após erros em testes de HIV que resultaram na infecção de seis pacientes transplantados.
A decisão foi motivada pela descoberta de que a Fundação Saúde continuaria a realizar os pagamentos ao laboratório mesmo três semanas após o caso vir à tona e as prisões dos responsáveis.
Em um relatório detalhado, o TCE apontou diversas irregularidades nas contas da Fundação Saúde, incluindo um pagamento suspeito de cerca de R$ 29 milhões feito em um único dia.
Entre os problemas listados estão contratos e licitações realizados sem transparência e vínculos familiares entre diretores do PCS Saleme e agentes políticos, como o deputado federal Dr. Luizinho. Walter Vieira e Matheus Teixeira Vieira, proprietários do laboratório, são tio e primo do deputado, que também já atuou como Secretário Estadual de Saúde do Rio.
A Fundação Saúde declarou que já havia suspendido os pagamentos ao PCS Saleme desde 1º de outubro, antes da decisão do TCE, e justificou as contratações emergenciais para evitar a descontinuidade dos serviços. Segundo a nota oficial, a nova direção da Fundação, nomeada há dez dias, se compromete a acelerar licitações e aprimorar a governança.