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Foi realizada uma ação conjunta entre a Secretaria de Ordem Pública (SEOP) e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para impedir a construção de uma ocupação irregular na beira da Lagoa de Piratininga em uma das mais importantes áreas de preservação da cidade: o Jardim Imbuí, mais conhecido como Tibau, na Região Oceânica.
A intervenção aconteceu com a demolição de construções ilegais erguidas sobre um trecho que originalmente compunha o espelho d’água e a vegetação de mangue do ecossistema local.
A ação foi coordenada por meio do Grupo Executivo para o Crescimento Ordenado de Preservação das Áreas Verdes (Gecopav), com participação das secretarias de Meio Ambiente, Urbanismo e Conservação. O objetivo imediato foi interromper o avanço de uma ocupação considerada criminosa, que, segundo as investigações, aterrava ilegalmente o leito da lagoa para a construção de imóveis sem qualquer tipo de licenciamento ambiental.
De acordo com o secretário municipal de Ordem Pública, Gilson Chagas, a intervenção foi motivada por denúncias recebidas pela Prefeitura, que apontavam para a supressão de vegetação de mangue e o aterramento de uma área alagada da lagoa, com uso intensivo de caminhões de entulho.
“Foi uma invasão criminosa. Vários caminhões aterraram parte do espelho d’água, suprimiram a vegetação nativa e iniciaram construções ilegais sem qualquer licença. A operação visa demolir essas estruturas e iniciar a regeneração ambiental da área”, explicou Gilson Chagas.
A ação integra um plano mais amplo de ordenamento urbano e proteção ecológica, conduzido pelo Gecopav — grupo formado por diferentes secretarias e que atua em três frentes principais: monitoramento preventivo de áreas de preservação; combate direto a invasões e construções irregulares; e demarcação de territórios protegidos.
A expectativa agora é de que a área degradada no Tibau passe por um processo de recuperação, com apoio técnico do município e acompanhamento do Ministério Público.
Para o promotor de Justiça responsável pela ação, Sérgio Pereira, a atuação integrada entre os órgãos é fundamental para conter o avanço de crimes ambientais. “Esse tipo de intervenção é fundamental para dar um basta na destruição sistemática das nossas áreas protegidas. A ação de hoje é simbólica: ela mostra que a legislação ambiental será cumprida e que quem desrespeita o meio ambiente responderá legalmente”, afirmou o promotor.