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Pacientes do Antonio Pedro usam óculos de realidade virtual para tratamento
A ferramenta contribui para a reabilitação física e cognitiva
Pacientes do Antonio Pedro usam óculos de realidade virtual para tratamento
Foto do autor A Tribuna A Tribuna
Por: A Tribuna Data da Publicação: 31 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
A iniciativa conta com a participação de fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais (Foto

Pacientes internados na Unidade de Terapia intensiva do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, estão recebendo um recurso terapêutico diferenciado, por meio de óculos de realidade virtual. A ferramenta, que contribui para a reabilitação física e cognitiva, também auxilia no bem-estar emocional e até no controle da dor.

“Esse recurso contribui para engajar o paciente na terapia e, ainda, com o papel disruptivo de tirar esse paciente do ambiente hospitalar e trazê-lo para um ambiente onde ele se sinta mais confortável, podendo ser exposto a uma realidade ativa (na qual ele realiza algum tipo de exercício com o controle, como a gameterapia) ou passiva, onde eles assistem a conteúdos em vídeo”, pontuou o fisioterapeuta, Bruno Soares, que atua na UTI da instituição.

A iniciativa conta com a participação de fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, que avaliam os pacientes de acordo com suas necessidades.

“Enxergamos inúmeras possibilidades de uso, e o esforço agora tem sido concentrado no sentido de usar esse material para proporcionar uma experiência que ajude a enfrentar as dificuldades de uma internação mais prolongada, e em paralelo desenvolvemos, junto às unidades acadêmicas, conteúdo que possa ser utilizado pelos alunos, incorporando as novas ferramentas tecnológicas tanto no ensino quanto na assistência”, destacou o gerente de ensino e pesquisa do HUAP, Beni Olei.

O projeto, que teve início nesse mês de outubro, visa ser ampliado para outras unidades. No Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio), um projeto de pesquisa sobre realidade virtual, de dois alunos da instituição, vem atendendo pacientes acamados. Inicialmente, a atividade foi testada apenas à noite, em uma enfermaria no final de 2021. 

Com o sucesso do projeto de extensão, houve um aumento tanto por voluntários para auxiliar, quanto por pacientes. Atualmente, existe um cronograma na instituição em que são atendidos de dois a três pacientes por semana.

Cada usuário fica, em média, 30 minutos fazendo a atividade, que inclui apresentação e demonstração de como usar os óculos, preenchimento de questionários para validação da pesquisa e a ação em si, que dura de cinco a dez minutos. Os pacientes selecionados vêm por indicação de outros profissionais que cuidam diretamente do tratamento e por uma busca ativa dos próprios pesquisadores.

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