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O velório da niteroiense Juliana Marins, que morreu após cair em uma trilha na Indonésia, vai acontecer nesta sexta (4), no cemitério Parque da Colina, em Pendotiba. Está previsto para começar às 10h e durar até 12h. Nesse período, será aberto ao público. Depois, a cerimônia se torna restrita a familiares e amigos e deve terminar às 15h.
NECROPSIA
A dor de uma perda irreparável. Isso está expresso no rosto de Mariana Marins, irmã de Juliana. Nesta quarta-feira (2), aconteceu o exame de necropsia em Juliana, ocorrido no Instituto Médico Legal, na zona portuária do Rio de Janeiro. O corpo dela chegou ao Rio na noite de terça após vir de uma viagem da Indonésia a São Paulo e depois da capital paulista a capital carioca.
Dois peritos da Polícia Civil fizeram o exame, na presença de um representante da família e de um legista federal. Nelson Massini, professor de medicina legal, e que já atuou em casos de grande repercussão, foi contratado pelos parentes de Juliana para acompanhar.
A necropsia começou às 8h 30 da manhã e durou 2 horas e meia, terminando às 11h
Após o exame, Mariana conversou com a imprensa e agradeceu a órgãos, entidades, aos jornalistas e também a quem torceu pela irmã. Ela disse que com a liberação do corpo, o laudo sairá em alguns dias, por conta de alguns exames que serão feitos. Ela ainda não detalhes de local de velório e possível enterro de Juliana. Mariana também não respondeu se a família vai entrar com ação contar o governo indonésio.
“Quero agradecer muito ao IML, a procuradoria geral do Estado, a União, Polícia Federal e sem toda a ajuda deles, nós não teríamos conseguido trazer o corpo dela e não conseguiríamos providenciar as coisas de forma rápida. Agradeço o carinho de todos, da imprensa, dos amigos, das pessoas que mandam coração.Não esqueçam Juliana; ainda tem muita coisa que temos que pedir por ela
Questionada se ela viu o corpo da irmã, durante o procedimento, Mariana não respondeu.
Ela ainda disse que o medo é que Juliana ficasse mais tempo desaparecida e por mais que pareça estranho, o fato do corpo dela estar ali tranquiliza a família.
“A única coisa que nós tínhamos medo é que ela ficasse desaparecida. Mesmo com essa demora do resgaste e não sendo da forma como queríamos, ela está aqui, temos ela aqui. Quando fica uma pessoa desaparecida é muito pior. Mas que bom que ela está aqui para ter uma despedida digna.
Em entrevista ao RJ2, Manoel Marins relata os dias de agonia e diz que autoridades indonésias prometeram rever protocolos do parque onde ocorreu o acidente “Se eles reverem os protocolos, eu vou sentir que a morte da minha filha não foi em vão porque vai evitar a morte de muitas outras pessoas. E, se ela não morrer em vão, isso vai trazer um pouco mais de alento para o nosso coração”, disse Manoel Marins, pai da niteroiense Juliana Marins, em entrevista ao rj2, na terça-feira (1º)
O caso, inicialmente tratado como acidente, agora é alvo de apuração por possível negligência no socorro prestado à brasileira. Os resultados podem determinar se o caso será levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington.