Durante o verão, a incidência de casos de dengue aumenta no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, devido à combinação de chuvas e calor, que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O acúmulo de água nos ambientes facilita a eclosão dos ovos do mosquito, gerando novos indivíduos. O ciclo de vida do Aedes, que dura de 7 a 10 dias, é acelerado nas condições climáticas dessa estação, o que leva ao aumento das infecções.

O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, destaca que as altas temperaturas e o aumento de água são fatores-chave para a aceleração da proliferação do mosquito. A principal medida de prevenção é a eliminação de focos, como água parada em recipientes, calhas e caixas d'água.

Em resposta ao aumento de casos, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio implementou um plano de contingência com ações como capacitação de profissionais de saúde e visitas técnicas às regiões do estado. Em 2024, o número de casos chegou a 302.316, com 232 mortes, o maior registrado no sistema da SES-RJ até o momento. Em comparação, os números de casos foram significativamente menores nos anos anteriores.

A campanha “10 minutos salvam vidas” orienta os moradores a realizarem vistorias semanais e eliminar focos do mosquito em suas casas. A SES-RJ também lançou o Observatório da Dengue, uma plataforma para monitorar dados e apoiar os municípios no combate à doença.

Além das ações preventivas, a vacina contra a dengue foi uma importante novidade. A partir de fevereiro de 2024, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos receberam a vacina, que oferece proteção contra os quatro tipos de dengue. A vacina reduz o risco de agravamento da doença em até 84,1%.