Na passagem de janeiro para fevereiro, a indústria nacional variou -0,1%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM - Brasil), divulgada nesta quarta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O resultado representa o quinto mês consecutivo sem crescimento no setor. Em setembro, a variação foi de 0,9%. Nos meses seguintes, os resultados foram: outubro (-0,2%), novembro (-0,7%), dezembro (-0,3%) e janeiro (0,0%).

No comparativo com fevereiro de 2024, na série sem ajuste, houve crescimento de 1,5%, nona taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi a 1,4% e o dos últimos 12 meses chegou a 2,6%.

Este ano, apenas dois itens avaliados tiveram crescimento, em fevereiro: Bens de Capital e Bens Intermediários, com 0,8%. Já os outros três registraram resultados negativos: Bens de Consumo (-1,3%); Duráveis (-3,2%); e Semiduráveis e não Duráveis (-0,8%).

Em relação ao mesmo mês de 2024, quase todos tiveram melhora: Bens de Capital (8,5%); Bens de Consumo (2,6%); Duráveis (17,1%); e Semiduráveis e não Duráveis (0,1%). Apenas Bens Intermediários registrou queda: -0,1%.

Responsável pelo maior impacto negativo no resultado do último fevereiro, o setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,3%) interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 7,1%.

Por outro lado, entre as 11 atividades que apresentaram alta na produção, indústrias extrativas (2,7%) e produtos alimentícios (1,7%) exerceram os principais impactos em fevereiro de 2025. Também houve avanços expressivos nos ramos de produtos químicos (2,1%), celulose, papel e produtos de papel (1,8%), produtos de borracha e de material plástico (1,2%) e outros equipamentos de transporte (2,2%).

De acordo com o IBGE, a PIM produz indicadores de curto prazo, relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. A partir de março de 2023, teve início a divulgação da nova série de índices mensais da produção industrial, após reformulação para atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; atualização do ano base de referência da pesquisa; e a incorporação de novas unidades da federação na divulgação dos resultados regionais da pesquisa. 

Segundo o instituto, essas alterações metodológicas são necessárias e buscam incorporar as mudanças econômicas da sociedade.  A próxima divulgação, relativa a março de 2025, será em 7 de maio. Os resultados de fevereiro podem ser vistos neste link.