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Firjan segue preocupada com o tarifaço
Mesmo com o corte de algumas tarifas pelo Trump, exportações do RJ ainda seriam afetadas
Firjan segue preocupada com o tarifaço
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Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 31 de julho de 2025FacebookTwitterInstagram
Federação pede atuação diplomática. Foto: Reprodução

Apesar da exclusão de itens como o petróleo bruto da nova tarifa dos Estados Unidos, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manifestou forte preocupação com a decisão do governo norte-americano de impor uma alíquota de 50% sobre as importações de produtos brasileiros. A medida, oficializada por ordem executiva, entra em vigor no próximo dia 6 de agosto e atinge de forma transversal grande parte da pauta exportadora do Rio de Janeiro.

Segundo a Firjan, a nova política tarifária poderá ter efeitos drásticos sobre a economia fluminense, já que a indústria de Petróleo e Gás responde por aproximadamente 60% das exportações do estado para os EUA, gerando cerca de 40 mil empregos diretos. Embora o petróleo cru tenha sido preservado na lista de exceções, outras mercadorias relevantes para o setor correm risco de perder competitividade internacional.

A federação também destacou que 48 municípios do Rio de Janeiro venderam produtos ao mercado norte-americano em 2024, e todos eles estão agora sob risco de prejuízos. Levantamento feito com a base empresarial indica que 60% das empresas consultadas esperam sentir os impactos das tarifas no curto prazo, com possíveis reduções de receita, aumento de custos e diminuição nas exportações.

Além das perdas econômicas, o temor por demissões também preocupa: 42% dos empresários ouvidos pela entidade disseram recear cortes nos postos de trabalho devido à nova política comercial dos EUA.

Diante do cenário, a Firjan defende uma resposta diplomática "ágil e articulada", tanto no âmbito oficial quanto em iniciativas paralelas, para buscar uma solução negociada que amenize os efeitos econômicos e sociais do chamado “tarifaço”. A federação reforça a importância de manter canais de diálogo abertos com os Estados Unidos e preservar a parceria estratégica entre os dois países.

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