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Esquema trocava eleitores de cidade para eleger candidatos
Investigados responderão pelo crime de inscrição fraudulenta, com uso de documento falso
Esquema trocava eleitores de cidade para eleger candidatos
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 03 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
Tais crimes possuem penas que podem chegar a 22 anos de prisão. Foto: Reprodução

Na manhã desta quinta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou a Operação Nômade Eleitoral, com o objetivo de desarticular uma quadrilha voltada para cooptar pessoas para alistamento eleitoral ou mudança de domicílio eleitoral do bairro de Santa Cruz para Itaguaí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Na ação de hoje, policiais federais cumprem seis mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 105ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, em residências localizadas nos municípios de Itaguaí e na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, também foi determinado o sequestro de bens e valores incompatíveis com a renda do investigado.

A investigação, iniciada por requisição do Ministério Público Eleitoral, revelou que um candidato postulante ao cargo de vereador e seus cabos eleitorais forneciam comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores, prometendo vantagem econômica em troca de votos, para que estes se alistassem ou alterassem seu domicílio eleitoral para a cidade de Itaguaí.

Durante as investigações, apurou-se que alguns dos investigados -  alvos dos mandados judiciais na data de hoje - foram flagrados no cartório do Juízo da 105ª Zona eleitoral - Itaguaí pagando multas eleitorais de eleitores supostamente cooptados.

Além do crime de organização criminosa, os investigados responderão pelo crime de inscrição fraudulenta, com uso de documento falso, por oferecer vantagem ilícita em troca de voto e por corrupção de menores, já que muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade. Tais crimes possuem penas, que somadas, podem chegar a 22 anos de prisão.

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