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Elefantíase deixa de ser um problema de saúde pública no Brasil
Perfil epidemiológico da doença foi estabelecido ainda década de 50
Elefantíase deixa de ser um problema de saúde pública no Brasil
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Por: A Tribuna Data da Publicação: 01 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
Jarbas Barbosa e Nísia Trindade, com a certificação de país livre da elefantíase (Foto: MS)

O Brasil recebeu, na última segunda-feira (30), a certificação de país livre da filariose linfática como problema de saúde pública. Popularmente conhecida como elefantíase, a filariose é uma doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. A concessão foi entregue à ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo diretor da Organização Pan-Americana (Opas), Jarbas Barbosa. 

A certificação brasileira é resultado de um trabalho de décadas. No Brasil, o perfil epidemiológico dessa doença foi estabelecido ainda na década de 50, quando foram realizados inquéritos hemoscópicos em todo o país. Com base nos resultados desses inquéritos, foram identificados os focos, e eleitas áreas prioritárias para intervenção.

A ministra da Saúde atribuiu o reconhecimento ao Brasil ao trabalho de instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), autoridades e estudiosos. 

“Essa questão nos emociona para além do orgulho como país. Nos emociona pelo sofrimento que a doença causou a tantas pessoas no mundo e em nosso país em particular. Quero fazer uma homenagem a gerações de sanitaristas que se dedicaram a isso”, celebrou Trindade. 

A chefe do Sistema Único de Saúde (SUS) reforçou que a certificação é uma das metas do programa Brasil Saudável, lançado neste ano e que tornou o país o primeiro do mundo a lançar uma política governamental para eliminar ou reduzir, como problemas de saúde pública, 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social, como é o caso da filariose linfática.

Entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. A meta é que a maioria das doenças sejam eliminadas como problema de saúde pública: malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical (sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV). Também o cumprimento das metas da OMS para diagnóstico, tratamento e redução da transmissão da tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV/aids.

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