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A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou, nesta terça-feira (15), dois casos da nova linhagem XEC da Covid-19. Os infectados, que moram na capital e não viajaram recentemente, tiveram sintomas leves semelhantes a um resfriado e já estão recuperados. A XEC, pertencente à variante Ômicron, foi identificada através de um monitoramento genético de rotina.
A variante XEC, detectada pela primeira vez no Brasil em setembro, também foi encontrada em São Paulo e Santa Catarina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como uma variante sob monitoramento, devido a mutações que podem aumentar sua transmissibilidade. Apesar disso, dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio e do Infogripe indicam que não houve aumento nos casos de Covid-19 na cidade.
A virologista Paola Resende, da Fiocruz, ressaltou a importância de manter a vigilância genômica no Brasil para acompanhar o impacto da XEC e outras possíveis variantes.
“Atualmente, estamos sem dados genômicos de diversos estados porque não tem ocorrido coleta e envio de amostras para sequenciamento genético. É muito importante que esse monitoramento seja mantido de forma homogênea no país para acompanhar o impacto da chegada da variante XEC e detectar outras variantes que podem alterar o cenário da Covid-19", ressalta.
A XEC surgiu a partir da recombinação genética de duas linhagens anteriores, KS.1.1 e KP.3.3, e tem se espalhado globalmente desde junho, com mais de 2,4 mil sequências genéticas identificadas em 35 países. A OMS se reunirá novamente em dezembro para discutir as recomendações de imunização contra a nova variante.