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Corpo de Juliana passará por nova autópsia, no Brasil
Novo exame será realizado em até seis horas após a chegada dos restos mortais
Corpo de Juliana passará por nova autópsia, no Brasil
Foto do autor João Eduardo Dutra João Eduardo Dutra
Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 01 de julho de 2025FacebookTwitterInstagram
Fonte: Reprodução

O corpo de Juliana Marins, que deve pousar no Brasil na noite desta terça-feira (1º), passará por uma nova autópsia assim que chegar em solo brasileiro. A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu cumprir, voluntariamente, o pedido de nova necropsia dos restos mortais, após pedido da Defensoria Pública da União (DPU).

Conforme o solicitado pela DPU, a necrópsia deve ocorrer em, no máximo, seis horas após a aterrissagem em território nacional, a fim de garantir a preservação de evidências.

A AGU solicitou uma audiência urgente, com a DPU e com o estado do Rio de Janeiro, para definir a forma mais adequada de atender ao desejo da família, que deve acontecer nesta tarde de terça (1º). A decisão de atender com urgência todos os pedidos dos familiares de Juliana partiu de uma determinação do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a AGU, a demanda da DPU se sustenta nas dúvidas geradas pela certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, que não esclareceu o momento da morte após queda em trilha do vulcão Rinjani. A certidão de óbito se baseou nas informações da autópsia feita pelas autoridades da Indonésia.

Os detalhes de como e onde será feita a nova autópsia serão definidos na reunião desta terça-feira, quando serão indicadas as responsabilidades de cada ente federativo. A Polícia Federal, no entanto, já registrou disponibilidade para colaborar, por exemplo, com o traslado do corpo até o Instituto Médico Legal (IML) que for designado, caso seja essa a medida definida pelas instituições.

A principal controvérsia em torno da morte de Juliana está na possível omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, que poderá levar à responsabilização civil e criminal.

O corpo foi retirado das imediações do vulcão Rinjani na terça-feira, 24 de junho. A primeira autópsia foi realizada na quinta-feira, 26 de junho, em um hospital na ilha de Bali, quando o legista responsável declarou que o falecimento teria ocorrido logo após a queda da jovem, devido a um forte traumatismo. Porém, o médico responsável chegou a falar que a jovem teria morrido na quarta-feira, 25 de junho.

Imagens de drones de turistas sugerem que Juliana tenha resistido ao acidente inicial e esperado dias pelo resgate. A expectativa é de que um novo exame, agora em território nacional, esclareça definitivamente as causas e o momento da morte da jovem brasileira.

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