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Comemora 50 anos de carreira no Circo Voador
Tudo começou na Prainha de Piratininga, em Niterói, onde com Milton Nascimento e Lô Borges, Beto participou da gestação do antológico álbum “Clube da Esquina”.
Comemora 50 anos de carreira no Circo Voador
Foto do autor Redação Redação
Por: Redação Data da Publicação: 07 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram
Divulgação

Na próxima sexta-feira (11), Beto Guedes vai se apresentar no Circo Voador num show super especial que comemora os seus 50 anos de carreira. Como os ingressos estão voando, quem quiser assistir tem que correr.

Beto Guedes, Milton Nascimento e Lô Borges, Prainha de Piratininga 1972

Ele está com 73, mas aos 21 se juntou a Milton Nascimento e Lô Borges, entraram num Ônibus em Belo Horizonte e partiram para a então deserta e linda Prainha de Piratininga, em Niterói (também conhecida como Mar Azul) para compor o álbum duplo “Clube da Esquina”, um marco histórico da música popular brasileira.

Ouça:


Em 77, Beto foi sucesso em todo o país com o clássico “Lumiar”, faixa de sua obra prima o revolucionário álbum “A Página do Relâmpago Elétrico”, onde o mineiro não economiza talento e sensibilidade, abrindo a sua alma embebida de Beatles.

No show desta sexta-feira, o repertório será fantástico. "Amor de Índio", "Sol de Primavera", "O Sal da Terra", “Nascente” e, claro, “Lumiar”. Mas na hora, com o Circo Voador super lotado, com certeza outros clássicos serão incluídos. Afinal, o que não faltam nesses 50 anos de carreira de Beto Guedes são canções sublimes.


 

Mistura de música mineira, rock e seresta

Desde a adolescência, Beto Guedes tocava em bandas e aos 18 anos participou do V Festival Internacional da Canção, com "Feira Moderna", sua parceria com Lô Borges e Fernando Brant.

Tendo a música mineira como uma de suas principais influências (ao lado do rock dos anos 1960 e dos choros que o pai seresteiro compunha), participou ativamente do Clube da Esquina, que projetou nacionalmente os compositores mineiros contemporâneos (de nascimento ou de coração), como Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e o próprio Beto Guedes.

Foi acompanhado pelo também mineiro grupo 14 Bis e em 1977 lançou o primeiro LP, considerado obra prima, “A Página do Relâmpago Elétrico”, que superou expectativa comercial, principalmente por causa de “Lumiar”. 

No ano seguinte, o disco “Amor de Índio” traz na faixa-título o maior sucesso de sua carreira. Em 1986 saiu o LP “Alma de Borracha” pela EMI Odeon, ganhando do seu primeiro disco de ouro, ultrapassando a marca de 200 mil cópias vendidas. Muito desse sucesso devido à canção "Lágrima de Amor", que entrou para a trilha de Brega & Chique. Anos antes, outro grande sucesso dele, "Sol de Primavera", foi tema de abertura da telenovela Marina (1980).

Beto Guedes sempre se cercou de grandes músicos e compositores, tanto nas gravações de seus discos quanto em suas apresentações. Ronaldo Bastos, Márcio Borges, Fernando e Murilo Antunes são seus principais parceiros, mas Beto já compôs também com Lô Borges, Milton Nascimento, Tavinho Moura, Caetano Veloso, Luís Carlos Sá (Sá & Guarabyra), entre outros compositores.


Com Lô Borges

                            Milton, Lô e Beto

                                                                                              

A esquina onde tudo começou.

Discografia

1973 - Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta; 1977 - A Página do Relâmpago Elétrico; 1978 - Amor de Índio; 1979 - Sol de Primavera; 1981 - Contos da Lua Vaga; 1984 - Viagem das Mãos; 1986 - Alma de Borracha; 1987 - Beto Guedes Ao Vivo; 1991 – Andaluz; 1998 - Dias de Paz; 2002 - 50 anos ao vivo; 2004 - Em Algum Lugar; 2010 - Outros Clássicos - Beto Guedes ao vivo.
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