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A dificuldade dos jornaleiros de Niterói em trabalhar com tranquilidade e segurança fica mais evidente a cada dia que passa. Na noite de terça-feira (7), mais uma banca de jornal foi alvo de bandidos. Dessa vez, o caso aconteceu no Ingá, Zona Sul da cidade, onde dois homens assaltaram a mão armada um ponto na esquina da Rua Visconde de Morais com a Presidente Pedreira.
O proprietário da banca, Lucas Gonzaga, contou ao jornal A Tribuna que o crime ocorreu no final do expediente, por volta das 22h54, quando as mercadorias já haviam sido colocadas do lado de dentro da Tabancaria Ingá. O bandido levantou a camisa e mostrou a arma para o atendente, que inicialmente se recusou a entregar o dinheiro. Após muita pressão, o ladrão levou R$ 100 antes de fugir em uma moto com um comparsa.
"O maior prejuízo mesmo foi com nosso funcionário. Ele está hoje de folga, para dar uma espairecida. É a primeira vez que isso acontece lá na banca do Ingá. Foi um susto imenso para o rapaz que estava lá no momento", disse.
Ainda segundo Lucas, enquanto um dos ladrões abordava o atendente, o outro ficou parado esperando na frente de prédio 270 da Rua Presidente Pedreira. Antes de terminar o assalto, o primeiro acenou para o parceiro se aproximar com objetivo de fugir. O comerciante já solicitou imagens das câmeras de segurança do edifício para ajudar na identificação da placa da moto usada por ele.
"Eles estavam encapuzados, de capacete, máscara de Covid e de camisa de manga comprida. Toda hora ele ficava puxando a manga para baixo, então parece que ele tem tatuagem no braço", descreveu Lucas.
"De longe não os reconhecemos, fica difícil de ver na câmera. A melhor saída é pegar a placa dessa moto.
"Tem imagem dela passando, mas não dá para ver a placa, porque passa rápido. Talvez a câmera do prédio consiga pegar", complementou.
Cansado dos ataques a bancas de jornal, Lucas Gonzaga desabafou com o jornal A Tribuna. Ele disse que a situação é desesperadora e vai obrigá-lo a encerrar o expediente mais cedo na banca e nos seus outros comércios.
"A sensação é de desespero. Está bem difícil trabalhar, porque estão acontecendo muitos assaltos a bancas.
"Nossos funcionários acabam ficando sozinhos, então se tornam um alvo mais fácil. Nós temos o costume de ficar até 23h, mas estamos repensando isso, para talvez fechar um pouco mais cedo. está um período muito ruim de assalto de arrombamento", lamentou Lucas, que só conseguiu registrar o caso na tarde desta quarta-feira (8), na 77ª DP (Icaraí).
Lucas informou ainda que não acionou a Polícia Militar após o assalto.